Luis Fiod é um dos sócios da agência Mint e cuida do styling da Animale há anos. Além da grife carioca, Luis trabalha ou trabalhou com a Totem, Juliana Jabour, Raia de Goeye, Alcaçuz, Priscilla Darolt e Karlla Girotto. Em bate papo com o blog, o stylist revelou que na passarela vale tudo. “É um palco”, diz. Confira a seguir:
Nas passarelas, sempre aparecem peças que só serão vistas ali, naqueles minutos. Por que os estilistas e marcas colocam essas peças nos desfiles?
Na passarela, o estilista apresenta o que quer. É um palco. Uma expressão artística. Às vezes, o estilista faz um shape inusitado para mostrar uma construção nova. Mas ele faz o que tem vontade.
Quando você percebe que o caminho que uma marca escolheu numa determinada temporada não é legal, qual é a sua atitude?
É raro acontecer isso. É difícil que tudo seja um desastre. Mas caso aconteça, a gente pode trabalhar no comprimento, tirar um excesso ou até mesmo o contrário. A roupa pode ser muito pura e precisar de algo a mais.
Até que ponto um stylist interfere na coleção de um estilista?
Muito. Ele é a pessoa que condensa a imagem. Ele pensa em como a roupa será apresentada, dá a cara da coleção, lapida o trabalho. Ele traduz a coleção para o público, humaniza aquilo.
Você pensa em lançar uma coleção própria no futuro?
Quem sabe? Já me perguntaram isso várias vezes. Quem sabe não lanço uma linha até mesmo na Animale.
Como stylist, você tem de escolher o elenco dos desfiles, campanhas e editoriais. Que tipo de modelo lhe agrada?
Gosto de diversidade, não tenho uma estética pré-determinada. Gosto de modelos boas e aí é adequar a marca a modelo certa.
E na moda internacional, vale a pena ficar de olho em quais estilistas?
A Céline está linda. Gosto do Pedro Lourenço, que faz um trabalha primoroso. Acompanho o trabalho dele desde quando ele era criança. Também gosto de Rodarte, Alexander McQueen, Alexander Wang e Maison Martin Margiela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário